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Médico
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As dores de um médico

Filhos, vida social e datas comemorativas. Assuntos contados por um profissional que dedica sua vida ao próximo

 

Por Tiago Brito


Para cada ação, existe uma reação. Para uma escolha existe, uma renúncia. Estas frases são carregadas por um profissional que dedicou anos de sua vida ao estudo, e agora, dedica sua vida ao trabalho. Pode-se chamar de um casamento, onde o trecho da frase “até que a morte os separe” está mais próximo do que imagina. Este dia a dia trata-se do trabalho do médico Fábio André da Silva, 40, especialista em clínica médica.

Por se tratar de um serviço que trabalhe com as pessoas e o grande movimento dos corredores do hospital, pode-se imaginar que mesmo distante da família, o profissional não se sente só. Um engano. “Ser médico é muito prazeroso, além de ser muito sério, pois, nos damos com a vida. Porém, é muito desgastante, o tempo livre que temos para descanso é muito curto”, conversa

“Tem momentos que temos que escolher entre relacionamento e trabalho. É por isso que muitos médicos casam entre si.”, completa. Segundo Fábio, conta que já teve relacionamentos, no entanto, não foram duradouros. “Qual é a mulher que não gosta de ir para um cinema num final de semana ou ter alguém para desabafar. Isso, infelizmente eu não fazia porque não tinha tempo. Se para ter um relacionamento é complicado, imagine em ter um filho”, revela.

Sua vida se resume em apenas trabalho, trabalho e mais trabalho. Além do dia a dia cansativo, as pessoas tratam os profissionais de saúde como preguiçosos, ignorante e carniceiros. “Não devemos trazer problemas para o hospital, pois, independente do problema, devemos tratá-los com respeito. Não sabemos da dificuldades das famílias dos pacientes, entretanto, eles também não podem nos insultar”, confessa.  “Além disso, eles questionam as orientações dos especialistas e chegam até entrar em assuntos que desconhecem”, completa.

Quem não deseja passar o final de ano com a família ou festejar o aniversário com os amigos? Mas para o Dr. Fábio esse sonho não é realizado há anos. “Todos os anos abrimos champanhe,  realizamos um pequena ceia e desejamos feliz ano novo ao companheiro, mas, é diferente em  estar presenciando a queima de fogos, abraçando parentes e amigos. É um dia como outro, no entanto, um momento único e especial.”, recorda.

“Minha casa é o hospital, minha família são os funcionários e a visita são os pacientes”, brinca. Cada profissão tem o seu preço. Muito para alguns e pouco para outros. “Vou realizar o meu trabalho com dignidade e ética. Mesmo sendo exaustivo, gosto do que faço. Quando escolhemos algo, temos que estar preparados para as conseqüências”, finaliza.

 

 

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